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Devido a taxa Selic de 13,75% a.a., a venda de consórcios imobiliários têm sido alavancadas no Brasil, que aparecem como uma alternativa na busca pela casa própria. Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) apontam que 645 mil negócios do tipo foram fechados em 2022, o que representa um aumento de 30% em relação ao ano anterior. O tíquete médio das cotas imobiliárias vendidas no último ano foi de R$164.979.

Para o setor, o aumento na venda das cotas pode ser atribuído a diferentes fatores, entre eles a alta na taxa de juros, que torna os financiamentos mais caros e afasta os consumidores da compra de imóveis. A permanência da Selic, taxa básica de juros, em 13,75%, tem impactado diretamente o mercado imobiliário. Além disso, a dificuldade de obtenção de crédito em função da crise econômica e da pandemia também têm incentivado a procura por alternativas mais acessíveis e flexíveis, como os consórcios.

Segundo Leandro Vasconcelos, head de Alocação da consultoria Nomos, a modalidade de consórcio tem se mostrado mais atrativa por cobrar, em geral, apenas taxas de administração. Enquanto um financiamento tradicional pode chegar a custar mais de 10% ao ano, o consórcio custa em torno de 3% ao ano. Outro fator que tem impulsionado a busca pelos consórcios é o aumento na consciência financeira das famílias, que se planejam mais na compra de imóveis.

Os números do setor confirmam essa tendência. No Santander, por exemplo, o crescimento na venda das cotas imobiliárias foi de 64% no ano passado, com destaque para os estados das regiões Norte e Nordeste. No Rio Grande do Norte, a procura cresceu 158%, enquanto em Alagoas as buscas subiram 159% e em Rondônia, dispararam 262%. No Rio de Janeiro, a procura avançou 71%.

Apesar de ser uma alternativa viável, é importante avaliar o perfil e objetivo da família antes de optar pelo consórcio imobiliário como forma de aquisição da casa própria.

Fonte: ABAC (2023)
Disponível em: ABAC